Programas de aconselhamento parental para manejo do temperamento e birras, dependência de substâncias, de vídeo jogos e Internet, e conflitos pais – filhos e relacionamento entre irmãos.
A separação dos pais pode provocar incertezas e mal-estar psicológico nos filhos, nomeadamente, alterações do comportamento, dificuldades de aprendizagem e deterioração do rendimentos escolar. A intervenção psicológica tem como objectivo a prevenção desses problemas ou a minimização dos mesmos. São ensinadas competências para lidar com as situações stressantes e que provocam dificuldades de ajustamento, através do desenvolvimento da comunicação, da capacidade para resolver problemas e de redes sociais de apoio.
– Programas de aconselhamento a filhos de pais separados –
As perturbações do humor mais frequentes na infância e adolescência são a depressão e distimia e têm características muito semelhantes às apresentadas na idade adulta. Os jovens sentem-se tristes, não têm interesse pelas actividades que antes gostavam, estão pessimistas em relação ao futuro e podem pensar que não vale a pena viver. Os padrões de alimentação e de sono encontram-se frequentemente alterados. São irritáveis, podendo ser agressivos, indecisos, desconcentrados, desmotivados e negligentes com a aparência e a higiene. A intervenção psicológica inicia-se com procedimentos de activação comportamental, melhoria de relacionamentos interpessoais, competências sociais e introdução de actividades gratificantes. Continua com a análise dos pensamentos disfuncionais associados com a disposição negativa e com a reestruturação da visão que tem de si dos outros e do futuro a partir de um conjunto de experiências programadas.
– Perturbações do humor (depressão e distimia) –
As situações e estímulos novos e inesperados provocam nas crianças uma primeira reacção normal de retraimento, principalmente quando não estão perto de uma figura de vínculo. É de esperar alguma timidez em situações de exposição social, com uma postura típica de tensão, evitação do contacto visual e rubor facial. Estes aspectos do desenvolvimento normativo podem transformar-se numa perturbação em que o contacto social é evitado, as avaliações ou exames são temidos, conduzindo ao isolamento do jovem e a um défice de aptidões sociais. O programa de intervenção consiste no ensino da redução e controlo da ansiedade e dos sintomas somáticos, no desenvolvimento de competências para enfrentar as situações temidas e no desenvolvimento de aptidões sociais.
– Timidez, medo de avaliação, perturbação de ansiedade social e dificuldades interpessoais –
Na infância os medos são frequentes e o seu desenvolvimento é esperado. Em algumas situações, estes medos podem limitar a vida do jovem e transformarem-se em fobias ou perturbações ansiosas. A situação mais frequente e mais grave é a perturbação por ansiedade de separação, em que a dificuldade em não estar perto de um familiar ou de um adulto de confiança provoca queixas como, dores de cabeça ou barriga, náuseas ou vómitos e a recusa em ir à escola é muito frequente. Quando separados dos pais estes jovens temem que aconteça um acidente, que se “percam”, ou que, de algum modo, nunca mais os voltem a ver. A intervenção consiste num módulo educativo sobre o medo, a separação e a autonomia para os pais, seguida do ensino de competências para diminuir a ansiedade e o confronto com as situações temidas e geradoras de desconforto.
– Perturbação por ansiedade de separação, fobia à escola e fobias específicas –
Habitualmente designadas por perturbações da externalidade, incluem a perturbação de hiperactividade com défice de atenção, a perturbação da conduta e a perturbação desafiante de oposição. Nestas situações, os programas de intervenção têm duas vertentes: o aconselhamento ou treino parental e a intervenção nos jovens. O aconselhamento parental consiste na aplicação de técnicas especializadas para manejo dos comportamentos problema do filho e de métodos sistemáticos de apresentação de regras e instruções. A intervenção no jovem consiste no ensino de competências de auto-instrução e de resolução de problemas interpessoais.
– Perturbações com a atenção e o comportamento –
As Perturbações da eliminação (encoprese, enurese) estão relacionadas com a falta de controlo das fezes ou da urina, de modo repetido e em locais inapropriados, depois da idade em que esse controlo deva ter sido atingido. A falta de controlo pode ocorrer durante o dia ou durante a noite, pode ser voluntária ou involuntária. A encoprese e a enurese podem ocorrer em conjunto, mas é mais frequente que ocorram separadamente. Durante o tratamento das Perturbações da eliminação tanto os pais como o jovem recebem informação sobre o modo como deverão implementar o tratamento em casa. Os pais são expostos a informação sobre os aspectos desenvolvimentais de controlo dos esfíncteres, assim como das eventuais vantagens para o jovem da ausência do controlo. Ao jovem são ensinadas estratégias de controlo para efectuar a retenção, assim como o objectivo de aumentar os intervalos entre as eliminações.
– Perturbações da eliminação (encoprese, enurese) –
Perturbações da eliminação (encoprese, enurese)
Perturbações relacionadas com a atenção e o comportamento
Perturbação por ansiedade de separação, fobia à escola e fobias específicas
Timidez, medo de avaliação, perturbação de ansiedade social e dificuldades interpessoais
Perturbações do humor (depressão e distimia)
Programas de aconselhamento a filhos de pais separados
– Psicologia Clínica para Crianças e Adolescentes –